BIENAL INTERNACIONAL DE TAPEÇARIA (Lausanne, 1962-1992).
A primeira Bienal (1962), exigia no seu regulamento que o artista apresentasse uma obra têxtil de no mínimo dez metros quadrados, o que impediu a participação de artistas diletantes e incentivou a participação de artistas consagrados, como o arquiteto Le Corbusier (França), que expôs obra realizada no mesmo ano; e Fritz Winter (Alemanha), que expôs uma obra realizada anteriormente (1956). Esses artistas não teceram suas obras, mas pintaram cartões com desenho próprio para a confecção de suas tapeçarias, de grandes dimensões, encomendadas aos ateliês europeus de confecção de Tapeçaria, como Aubusson, Gobelins e Tabard, entre outros. No entanto, logo na primeira Bienal apareceram obras experimentais tecidas pelos próprios artistas, como as das precursoras polonesas Jolanta Owidzca e Magdalena Abakanowicz. Na segunda metade do século XX, essas artistas, entre outras, através de suas técnicas alternativas de pesquisa pessoal, abriram o caminho para outras, que contribuíram para o extraordinário desenvolvimento da Arte da Fibra [Fiberart ou Fibre Art].
As pesquisas pioneiras nasceram das obras experimentais de mestras de tecelagem da Bauhaus, como Anni Albers e Guntha Stadler-Stözl. Albers, emigrou com o marido Joseph, outro Mestre da Bauhaus, para os Estados Unidos, eles foram os principais artistas europeus influentes no desenvolvimento da arte das vanguardas norte-americanas, através do ensino pioneiro que ministraram no berço delas, a Faculdade da Montanha Negra [Black Mountain College] (v.).
REFERÊNCIA SELECIONADA:
ANUÁRIO. Architecture, Formes et Fonctions (1962-1963). Lausanne: Anthony Kraft, 1962, pp. 152-157.
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